Veredito da reinvenção do MasterChef em 2020

Por Joaquim Robinson em 30/11/2020

A apresentadora Ana Paula Padrão e os jurados Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin, do MasterChef
A apresentadora Ana Paula Padrão e os jurados Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin, do MasterChef

A versão brasileira do MasterChef, lançada pela Band em 2014, foi um sucesso imediato, trazendo inúmeros benefícios para a emissora. Não por acaso, nos anos seguintes, SBT, Record e Globo levaram ao ar programas de competição culinária muito semelhantes. O MasterChef trouxe muitas coisas importantes para a Band: patrocinadores, audiência e engajamento nas redes sociais. Para uma emissora que não vivia os seus momentos mais gloriosos, a franquia de gastronomia se tornou um diamante bruto.

Desde o lançamento, já foram seis edições regulares, com cozinheiros amadores, uma com crianças, três com profissionais e uma especial, com ex-participantes. Um exagero, na minha opinião, mas sintomático da importância que o programa adquiriu para a emissora. Com a pandemia de coronavírus, a Band se viu diante de um impasse: como produzir a sétima temporada regular sem colocar em risco os participantes, os jurados e todos os técnicos envolvidos na gravação.

A solução, muito engenhosa, consistiu em transformar cada episódio numa disputa única. A cada semana, uma turma de participantes compete, um vence e pronto. Ninguém retorna ao programa. Desta forma, testados previamente contra a covid-19, os candidatos não colocam ninguém em risco e a emissora não precisa mantê-los sob vigilância. Esta opção teve duas consequências negativas, do ponto de vista do público. A primeira, e mais lamentada, é a impossibilidade de criar simpatias e torcer por um mesmo participante ao longo de semanas. O mesmo vale para antipatias - reclamar de um candidato por vários episódios.

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